sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
sábado, 8 de fevereiro de 2014
A fratricida
Vi afundar a palavra naquela distância gritada,
eco de um olhar que se esconde e esquece.
De sua mão, a afagar esse mar de penhascos,
sequer a palma aberta, acenando fins:
apenas cascalhos e cavernas restam
nos dedos cerrados de secura.
Abissal e surda,
sua andança
tudo leva.
Nada leva.
Enterra.
E segue.
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
Noite vaga
Era um silêncio estranho, calma rasa,
dando enjoos de vazios a um corpo
esquecidamente cansado.
Ensinava a mim mesmo a encher o peito
com a maresia que embolava as algas mortas.
Comia o ar, pois era a matéria que bastava.
Percorria as insossas espumas que o mar cuspia,
chutando o azul sem som.
E na noite que chegou, cheia,
a lua gritou a maior maré.
E em minha barriga,
uma dor que treme
lágrimas.
Eu havia esquecido o que era saudade.
Assinar:
Postagens (Atom)