Saco vazio não para em pé
O suave desejo:mel transmutado em carinhotorna a massa doce e dourada.Mas o saciarpara na goela:a delícia do sabor não alimenta.Temperos ardem, mas não enchem.Açucarado, delicioso.Mas o fermento é pouco.Veludo de toquesque voam como farelos.E o corpo cheio de fome.E a tensão da espera:poderá repetir o prato?E a angústia,pão dormido e frio,devorando o homem a cada engasgo.
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