Olhava atentamente uma reles moeda, que solitariamente repousava no bolso do paletó há dias. Nunca foi uma atividade muito interessante contemplar trocados escurecidos por tempo e mãos. Era apenas uma; não tinha brilho. Insignificante. Tão insignificante ao ponto de ser esquecida. Centavos que, ao menos, servem para (a)pagar o preço da consciência; a moeda foi passada a um pedinte. Se antes não havia, agora brilhos surgem, mas de olhos. Insignificante; talvez nunca tivesse sido. Ela reflete o que sai dos olhos de quem a segura.
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